PF indicia coiotes por homicídio culposo no caso de jovem que foi abandonado na travessia - Portal S3
   

PF indicia coiotes por homicídio culposo no caso de jovem que foi abandonado na travessia

 PF indicia coiotes por homicídio culposo no caso de jovem que foi abandonado na travessia

Ayron Henrickson Fernandes Gonçalves, 21 anos — Foto: Redes sociais/Arquivo pessoal

A Polícia Federal indiciou pela primeira vez, dois “coiotes” por homicídio culposo. Os suspeitos, de acordo com a PF, atuam na migração irregular de brasileiros para os Estados Unidos.

O indiciamento foi usado pela polícia para tentar responsabilizar os agenciadores da migração do valadarense Ayron Henrickson Fernandes Gonçalves, de 21 anos. O jovem passou mal e morreu durante a travessia em abril do passado, ele foi abandonado pelo atravessador.

Segundo a PF, a punição é para tentar reprimir com rigor o crime de promoção ilegal de migração que tenha por objetivo a entrada em solo americano pela fronteira com o México.

Os acusados foram indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), promoção de migração ilegal, associação criminosa e envio ilegal de menor ao exterior.

A PF indiciou os dois não só pelo caso do valadarense, mas por todos os casos descobertos durante as investigações. Apenas um dos acusados foi responsável por levar mais de 200 pessoas para os EUA, incluindo crianças.

Relembre as prisões:

Polícia Federal prende dois suspeitos de promover migração ilegal para os EUA

Ainda segundo a PF, o incidente que resultou na morte do jovem pode ser enquadrado como homicídio culposo, porque quem promoveu a migração irregular agiu com negligência e imprudência, ao organizar a travessia, sabendo dos riscos para a vida do migrante.

 Ministério Público Federal entendeu que os coiotes responsáveis pela promoção da migração não devem responder por homicídio culposo e associação criminosa. O órgão ofereceu denúncia somente pelos crimes de promoção de migração ilegal e envio ilegal de menor ao exterior.

De acordo com o inquérito, um dos atravessadores foi o responsável por promover a migração de Ayron Henrickson, efetuando a compra das passagens, o recebimento do dinheiro, o agenciamento da viagem e o planejamento da migração.

O outro acusado, morava no México, ele foi indicado como articulador do esquema criminoso. Planejando ele planejava o esquema logístico, e estrutura necessária para a travessia. Segundo as investigações, ele recebeu o jovem no desembarque do México e o encaminhou até o local da travessia.

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