Empresa contratada de forma emergencial não teria capacidade técnica para executar o serviço na rodovia, segundo as investigações. Mandado de busca e apreensão, expedido pela comarca de Manhuaçu, é cumprido em 14 salas comerciais da capital mineira.
Quatorze salas comerciais de um mesmo endereço de BH foram alvo da operação — Foto: Polícia Federal
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (8), uma operação de combate à fraude em contratação emergencial. De acordo com a investigação, realizada em conjunto com a Controladoria Geral da União, os prejuízos aos cofres públicos ultrapassam os R$ 7 millhões.
O mandado de busca e apreensão, cumprido em 14 salas comerciais de um mesmo endereço da capital mineira, foi expedido pelo juiz de Manhuaçu. A obra que teria irregularidades no processo licitatório, e de execução, foi realizada na BR-262, em Abre Campo.
Segundo as informações levantadas pela PF e CGU, com o apoio do Ministério Público Federal, a empresa contratada não teria capacidade técnica para execução do contrato celebrado com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), para a construção de cortina atirantada, que é uma estrutura em concreto armado para a contenção de encostas.
Durante a investigação, foi elaborado um laudo pericial pelo Instituto Nacional de Criminalística da PF, e auditado pela CGU, que identificou diversas irregularidades no processo de dispensa de licitação.
Os investigados podem responder por crimes relacionados à lei de licitações, peculato e corrupção. As penas para estes crimes são superiores a 12 anos de prisão.
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