‘Não há mais lugar para Justiça artesanal’, diz novo presidente do TJMG

 ‘Não há mais lugar para Justiça artesanal’, diz novo presidente do TJMG

Desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Junior foi eleito presidente do Tribunal de Justiça no biênio 2024-2026

Desembargador Luiz Carlos de Azevedo Correa Junior, entre o governador Romeu Zema (à esquerda) e o vice Mateus Simões, toma posse como presidente do TJMG

O desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Junior tomou posse nesta segunda-feira (1°/7) como presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para o biênio 2024-2026. Ele sucede o desembargador José Arthur de Carvalho Pereira Filho à frente do órgão.

O recém-empossado destacou em seu discurso a busca por aliar o uso da tecnologia aos trabalhos realizados nos fóruns de Minas Gerais e destacou que vai coibir a prática de litigância predatória, como o fracionamento de pedidos relacionados a uma mesma causa, ausência de documentos comprobatórios ou com informações que não tenham relação com a causa, falta de pagamento de custas, várias ações idênticas, entre outras.

“Não há mais lugar para a Justiça artesanal do século passado. A multiplicação de demandas deve ser enfrentada com inteligência e método. (…) Exige-se uma ação firme contra as chamadas demandas predatórias, aquelas que não têm causas legítimas, fundam-se em documento inidôneos, promovem a cisão desmotivada de pedidos vinculados ao mesmo fato e têm por objetivo real o interesse que se distância da parte supostamente litigante”, afirmou Luiz Carlos Corrêa Junior.

Na sequência, ele afirmou que a medida causa um grande prejuízo ao Poder Judiciário, pois “assoberba os fóruns e impede que ações legítimas sejam decididas no tempo razoável para duração do processo”, além de desperdiçar dinheiro público.

O agora ex-presidente do TJMG, José Arthur Filho fez um balanço de sua presidência, ressaltou os avanços e apontou que os projetos desenvolvidos ao longo dos últimos dois anos vão ajudar no avanço do TJMG nos próximos anos.

“Investimos em uma gestão pública eficiente, com o Projef 5.0. (…) Um dos eixos que focamos foi também o tecnológico e, assim, vimos surgir os fóruns digitais, as centrais de processamento eletrônico e também os Núcleos de Justiça 4.0, entre inúmeras outras soluções que fizeram emergir uma Justiça mais célere e moderna em Minas. Entregamos novos fóruns a diversas comarcas mineiras e deixamos muitos outros em construção”, elencou alguns dos projetos tocados durante sua presidência.

O sistema prisional, medidas de combate à violência doméstica e de proteção à família também foram mencionadas por José Arthur Filho. “Criamos iniciativas em contribuição ao enfrentamento da violência doméstica e familiar, a proteção da infância e juventude, e com vistas a aprimorar os sistemas prisional e socioeducativo”, pontuou.

Fonte: https://www.em.com.br/

0 Reviews

Postagem relacionado