MP denuncia profissionais de saúde de Ipatinga por omissão de socorro

 MP denuncia profissionais de saúde de Ipatinga por omissão de socorro

Caso ocorreu na Unidade de Saúde do bairro Limoeiro, em 2019, e, de acordo com o MP, foi determinante para a morte de um recém-nascido de 16 dias. Duas médicas e uma técnica de enfermagem foram denunciadas.

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MP denuncia profissionais de saúde de Ipatinga por omissão de socorro

Caso ocorreu na Unidade de Saúde do bairro Limoeiro, em 2019, e, de acordo com o MP, foi determinante para a morte de um recém-nascido de 16 dias. Duas médicas e uma técnica de enfermagem foram denunciadas.

Por g1 Vales de Minas Gerais

 

26/04/2023 15h37 Atualizado há 17 horas

 

 

O Ministério Público de Minas Gerais ofereceu, nesta semana, denúncia contra duas médicas e uma técnica de enfermagem, acusadas de omissão de socorro em uma Unidade Básica de Saúde do bairro Limoeiro, em Ipatinga, que levou à morte um bebê recém-nascido de 16 dias, em 2019. As médicas também foram denunciadas por falsidade de atestado médico.

 

De acordo com a denúncia, expedida por meio da 1ª Vara Criminal da Comarca de Ipatinga, as três “deixaram de prestar assistência, quando possível fazer sem risco pessoal, a Ane Emanuelly Silva Souza Mariano, criança recém-nascida (16 dias de vida), em grave e iminente perigo, resultando na morte desta”.

 

Segundo inquérito policial, uma médica teria registrado o ponto na unidade de saúde, mas, no momento da chegada do bebê, já não estava mais no local. Enquanto isso, a outra não teria comparecido ao trabalho e apresentou, dias depois, atestado médico assinado pela colega de trabalho, sem indicar o motivo.

 

Para o MP, o documento foi uma forma de fugir da responsabilidade do caso.

 

“Segundo o apurado, após a ocorrência do fato 1, a denunciada (médica 1), diante do não comparecimento da coautora (médica 2) à unidade de saúde, para cumprir seu expediente laboral, emitiu, em favor desta, atestado médico ideologicamente falso, buscando acobertar-lá da conduta ilícita então praticada, bem como aboná-la da ausência ao trabalho. Na ocasião, (médica 1) atestou, dissimuladamente, que (médica 2) necessitava de afastar-se das atividades laborais, pelo período de 1 dia (26/08/2019), por motivo de doença, sem, contudo, indicar qual seria a doença ou enfermidade que a acometia”.

 

Técnica de enfermagem teria orientado a levar a criança para o Hospital Márcio Cunha

 

O caso aconteceu no dia 26 de agosto de 2019. De acordo com o Ministério Público, os pais da criança levaram a recém-nascida com dificuldades respiratórias e com roxidão nos lábios na Unidade Básica de Saúde do bairro Limoeiro. Lá, receberam atendimento de uma técnica de enfermagem que solicitou a ajuda de uma colega de trabalho, que atuava na mesma área, para o atendimento do bebê.

 

Essa companheira, ainda segundo o MP, teria conversado com os pais e orientado a eles para levar a recém-nascida para o Hospital Márcio Cunha, mesmo com a gravidade do quadro.

 

Os pais entraram em um ônibus circular e foram até o hospital. No trajeto, a recém-nascida sofreu parada respiratória e recebeu massagem cardíaca do pai.

 

O inquérito aponta ainda que a situação foi passada ao motorista, que não fez mais nenhuma parada e foi direto para o hospital, onde o bebê foi atendido por médicos e enfermeiros, mas não resistiu e morreu.

 

O g1 Vales entrou em contato com a Prefeitura de Ipatinga, responsável pelo atendimento no local, e com a defesa das denunciadas, mas não recebeu retorno até a publicação da reportagem.

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