MP deflagra 2ª fase de operação contra esquema de corrupção na Prefeitura de Guapé, MG
Foram expedidos mandados de prisão contra o ex-prefeito e um empresário, já presos desde a 1ª fase da operação. Também foi determinado o afastamento de um secretário municipal.
O Ministério Público deflagrou nesta quarta-feira (3) a segunda fase da operação que investiga um esquema de corrupção na Prefeitura de Guapé (MG). De acordo com o MP, uma nova denúncia foi oferecida e desencadeou dois mandados de prisão contra o ex-prefeito Nelson Lara e um empresário, já presos na operação. Além disso, dois afastamentos foram determinados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
A operação “Trem da Alegria – 2ª Fase” é realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público.
A nova denúncia é contra o ex-prefeito de Guapé, Nelson Alves Lara, e um empresário, presos durante a primeira fase da operação, além de um secretário municipal. De acordo com o MP, eles teriam cometido dezenas de crimes de falsidade ideológica, uso de documentos falsos e peculato.
A denúncia
Segundo o MP, a nova denúncia diz que o prefeito teria registrado em nome do empresário uma área rural de sua propriedade e, por causa das facilidades do cargo e documentos falsos em relação a real titularidade, concorrido para a aprovação de todas as autorizações necessárias para a implantação de um empreendimento de luxo no local.
Ainda de acordo com MP, paralelamente, o prefeito teria feito o uso de recursos públicos para fazer uma obra particular.
O MP informou que, por causa disso, uma área rural de pequeno valor foi transformada em área urbana e com valor estimado em mais de R$ 10 milhões.
Diante disto, novas prisões foram decretadas contra o prefeito afastado e o empresário. Nelson Lara e o empresário já estavam presos e somaram mais uma prisão no processo. Também foi determinado novo afastamento do prefeito.
O secretário envolvido nesta denúncia era o responsável pela Secretaria Municipal de Estradas e Transportes. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou o afastamento dele do cargo. Todo o empreendimento foi sequestrado pela Justiça.