Executivo atuava como vice-presidente de Assuntos Estratégicos e palestrou, na última sexta-feira (11), em Ouro Preto. Leite presidiu a siderúrgica entre 2016 e 2022. A causa da morte não foi divulgada.
O ex-presidente da Usiminas, Sérgio Leite de Andrade, morreu nesta segunda-feira (14), na região Metropolitana de Belo Horizonte. A causa oficial da morte não foi divulgada até a publicação desta reportagem, assim como a confirmação de data e local de velório e sepultamento.
Com quase cinco décadas de atuação na Usiminas, Leite ocupava atualmente o cargo de vice-presidente de Assuntos Estratégicos da companhia. Na última sexta-feira (11), foi um dos palestrantes do evento Conexão Empresarial Anual 2025, realizado em Ouro Preto.
Aos 71 anos, ele também era presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil e integrava o Conselho Estratégico da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Carreira e legado na siderurgia
Sérgio ingressou na Usiminas em 1976 como jovem pesquisador e engenheiro. Desde então, acumulou 15 posições executivas até ser nomeado presidente da empresa em 2016, cargo que ocupou até 2022.
Nesse período, esteve à frente da companhia durante episódios importantes, como a explosão do gasômetro em Ipatinga, em 2018, que causou forte impacto na região do Vale do Aço e repercutiu nacionalmente.
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Formado em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Leite também era reconhecido por sua intensa atuação institucional, com mais de 60 trabalhos técnicos publicados e mais de 300 palestras proferidas ao longo da carreira.
Ele também ocupou cargos de liderança em entidades como a Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais (ABM) e a Sociedade Mineira de Engenheiros, além de integrar fóruns internacionais como o International Iron and Steel Institute (IISI) e o projeto ULSAB/World Steel Association.
Últimos registros e homenagens
Em sua última publicação nas redes sociais, Sérgio Leite relatou a emoção de ter participado de eventos recentes em cidades como Valença (RJ) e Ipatinga (MG). No texto, ele destacou a satisfação de compartilhar sua trajetória e o desejo de continuar contribuindo para o desenvolvimento do Brasil por meio da educação e da indústria.
“Dividir a minha vivência — com os inúmeros desafios e conquistas — não é apenas um dever, mas uma paixão. Acredito firmemente na capacidade das pessoas para impulsionar o Brasil, e é por isso que seguirei dedicando-me a essa missão”, escreveu após participar do evento Sinergia, da Fiemg no Vale do Aço, realizado em maio deste ano.
A Usiminas publicou uma nota de pesar, em que reconheceu a importância de Sérgio para a história da empresa e para o setor do aço no Brasil.
“Sérgio deixa um legado de compromisso, competência e uma total dedicação às pessoas da Usiminas e às comunidades onde atuou, começando por Ipatinga”, declarou o atual presidente da Usiminas, Marcelo Chara.
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