Justiça condena ex-delegado de Águas Formosas a mais de 11 anos de prisão
Segundo o Ministério Público, ele foi condenado por peculato, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e armazenamento de substância perigosa.
Um delegado de Polícia Civil que atuava em Águas Formosas foi condenado a mais de 11 anos de prisão pela Justiça. Além disso, ele ainda deverá pagar uma multa e perder o cargo.
De acordo com o Ministério Público, ele foi condenado por peculato, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e armazenamento de substância perigosa em desacordo com as exigências legais.
Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, o MPMG constatou que o investigado guardava munições e um revólver sem registro em casa. Também foram localizados quatro galões próprios para armazenamento de combustível. Dois deles estavam cheios de gasolina e os outros dois vazios. Na operação, realizada em junho de 2021, o delegado foi preso em flagrante.
“Em sua defesa, o delegado alegou que a mudança do local de armazenamento de parte do combustível se deu por uma questão de segurança, visto que o imóvel alugado por ele seria mais adequado para tal finalidade. O juiz argumentou, contudo, que não havia prova de que o imóvel do delegado era dotado da segurança necessária para armazenar o combustível”, explicou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
A investigação feita pelo Ministério Público constatou que as prefeituras de Machacalis, Santa Helena de Minas e Umburatiba têm convênio com a Polícia Civil. A finalidade é o fornecimento de combustível para abastecimento das viaturas da Delegacia de Águas Formosas.
Segundo o MPMG, o denunciado disse que, por as cidades serem distantes, ele determinava que buscassem a gasolina acondicionada em galões de 50 litros e guardava parte em casa e parte na delegacia. Isso durou cerca de três anos.
Entretanto, de acordo com a denúncia, dos galões guardados na residência, apenas um era utilizado no abastecimento das viaturas. Os outros três, ele utilizava em proveito próprio, o que configura peculato.
A Justiça fixou um regime inicial fechado, sem o direito de recorrer em liberdade. O g1 não conseguiu contato com a defesa do acusado.
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