Pela segunda vez, banco deixa a cidade; fechamento reflete crise local e reestruturação nacional do setor bancário
postado em 31 de julho de 2025
Um dos motivos alegados para o encerramento das operações em Nanuque é a baixa rentabilidade da unidade, que foi agravada pelo declínio populacional do município e pela ausência de políticas públicas de desenvolvimento regional. Essa combinação tem levado à fuga de investimentos e ao fechamento de diversos serviços bancários na cidade.
Essa não é a primeira vez que o Itaú deixa Nanuque. A instituição já havia encerrado suas atividades na cidade na década de 1990, após duas décadas de operação. Retornou posteriormente com a aquisição do BEMGE (Banco do Estado de Minas Gerais), mas agora, mais uma vez, encerra sua atuação no município.
O Itaú não é o único banco a sair de Nanuque. O Santander também fechou sua agência física, reforçando a tendência de que, em breve, restarão apenas instituições com ligação ao setor público ou cooperativas de crédito atuando localmente.
Apesar do cenário negativo, há uma perspectiva de renovação com a chegada do Sicredi, cooperativa de crédito que anunciou a inauguração de uma agência ainda este ano na cidade. Diferente dos bancos tradicionais, o Sicredi é uma instituição financeira cooperativa, onde os próprios associados são donos e participam das decisões. A proposta é oferecer serviços financeiros de forma acessível, com foco no desenvolvimento das comunidades onde atua.
A expectativa é que a atuação do Sicredi possa preencher parte do vazio deixado pelos grandes bancos, contribuindo para manter o acesso ao crédito e aos serviços financeiros em Nanuque, especialmente para pequenos empreendedores e produtores locais.
