CNJ afasta juíza mineira que criticou ministros do Supremo nas redes
Magistrada também será investigada por ter se afastado de trabalho presencial sem autorização
Por unanimidade, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu afastar, nesta terça-feira (14), a juíza Ludmila Lins Grilo, que fez postagens em suas redes sociais criticando o Judiciário e atacando ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A juíza, que atua na vara de Infância e Juventude da comarca de Unaí-MG, agora será investigada em dois processos administrativos: um pelas postagens – que ferem a lei da magistratura – e outro por se recusar a voltar ao trabalho presencial, mesmo sem ter autorização para permanecer no trabalho remoto.
O processo administrativo disciplinar (PAD) é semelhante ao de qualquer servidor público. Além da investigada, serão ouvidas possíveis vítimas, testemunhas, colhidas provas, e depois passará pelo plenário do CNJ. Ele será conduzido por um conselheiro do órgão, que fará a relatoria.
Ao votar pela instauração dos processos administrativos e o afastamento da juíza, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, afirmou que diante do “poder de influência” das redes sociais toda conduta que representa violação aos princípios éticos e democráticos deve ser coibida.
O corregedor determinou também que fosse realizada uma inspeção na comarca em que a juíza Ludmila Lins Grilo atua. De acordo com ele, a inspeção apontou uma série de problemas, incluindo: extravio de processos; milhares de processos paralisados; atrasos que podem ocasionar em prescrição processual, e outros. Salomão disse que a juíza não cumpre seus deveres básico.
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