Criança de 2 anos morre em hospital de Valadares e família acusa de negligência
Segundo a mãe do menino, eles foram ao hospital quatro vezes. Ela conta que o médico que atendeu a criança receitou medicamentos e liberou para casa.
A família de uma criança, de 2 anos e quatro meses, acusa um pediatra plantonista do Hospital Municipal de Governador Valadares de negligência. O menino morreu com pneumonia na noite dessa segunda-feira (24).
Antes de morrer, a mãe do menino conta que o levou ao hospital quatro vezes. A primeira, na quinta-feira (20). Breno Gomes Anastácio, que estava com febre e vomitando, foi atendido pelo médico de plantão.
Na sexta-feira (21), o menino voltou a passar mal e a mãe foi com ele para o hospital novamente.
“Nos dois dias, o médico passou medicamento para vômito e febre. Só passou isso pra ele e me liberou”, contou a mãe, Érica dos Santos Gomes.
No domingo (23), além dos sintomas que já apresentava, o menino estava com os olhos inchados. No hospital, o médico falou para a mãe que Breno estava com a gripe H3N2, recomendou repouso e receitou soro e remédios para febre e vômito. Além disso, indicou água de coco, isotônico, leite fermentado e suco de caju, caso ele tivesse diarreia.
“Eu falei pra ele que meu filho estava com o olho inchado e ele disse que era normal. Porém, ele não pediu exame de urina, fezes, não tirou raio X e o medicamento que ele deu ao meu filho, ele passou errado. Ele falou que era uma gripe viral”, disse a mãe.
Na noite dessa segunda-feira (24), Breno piorou. As pernas e os braços também incharam e ele ficou com falta de ar. A mãe, mais uma vez, retornou com o menino para o hospital. Dessa vez, quem atendeu foi uma médica. Ela disse que o estado de saúde da criança era muito grave e perguntou se o médico tinha pedido algum exame; a mãe explicou que não.
Segundo a família, uma enfermeira fez o exame de raio X e disse que o pulmão do menino estava comprometido. Ele recebeu soro e foi intubado, mas não resistiu.
Na certidão de óbito, constam como causas da morte: coagulação intravascular disseminada, choque séptico e pneumonia comunitária. O menino foi velado na casa da avó nesta terça-feira e foi sepultado.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Governador Valadares, por meio da direção do Hospital Municipal, informou que vai apurar o caso.
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