Entenda o esquema de corrupção dos juízes investigados por agiotagem, venda de sentenças e grilagem de terras no sul da Bahia

 Entenda o esquema de corrupção dos juízes investigados por agiotagem, venda de sentenças e grilagem de terras no sul da Bahia

Fantástico deste domingo (25) mostra os detalhes da investigação que afastou três juízes por suspeita de grilagem de terras, corrupção e agiotagem em Porto Seguro, no sul da Bahia, onde estão as praias mais famosas no mundo todo.

São eles:

  • Fernando Machado Paropat, titular da 1ª Vara Cível da Comarca de Porto Seguro;
  • André Marcelo Strogenski, titular da 1ª Vara Criminal;
  • Rogério Barbosa de Sousa e Silva, titular da Vara da Infância e Juventude e Execução de Medidas Socioeducativas.

De acordo com a Corregedoria-Geral da Justiça, o grupo, conhecido como “Liga da Justiça”, emitia documentos fraudulentos em que eles apareciam como proprietários de áreas que já tinham dono. O esquema não era descoberto, uma vez que o responsável por fiscalizar os atos desse cartório era um dos juízes afastados.

Com isso, os magistrados passaram a ser donos de 101 matrículas de casas e terrenos em praias paradisíacas no sul da Bahia. Em uma dessas áreas, o grupo está construindo um condomínio de luxo. (Veja detalhes na reportagem acima)

Os magistrados Fernando Machado Paropat, André Marcelo Strogenski, Rogério Barbosa de Sousa e Silva, investigados pelo TJ-BA por grilagem de terra, venda de sentenças e agiotagem — Foto: — Foto: Reprodução/TV Globo

Os magistrados Fernando Machado Paropat, André Marcelo Strogenski, Rogério Barbosa de Sousa e Silva, investigados pelo TJ-BA por grilagem de terra, venda de sentenças e agiotagem — Foto: — Foto: Reprodução/TV Globo

Além dos três juízes, um promotor, empresários, advogados e um secretário do município são suspeitos de envolvimento nas irregularidades.

O que dizem os investigados

A defesa do juiz Fernando Paropat diz que as notícias sobre o caso têm informações prematuras e inverídicas, que qualquer conclusão em procedimento preliminar será apenas especulação temerária.

Os fatos apontados nunca foram praticados pelo juiz, diz a defesa, que repudia ilações indevidas e levianas a partir das apurações em curso.

Já a defesa do juiz Rogério Barbosa afirma que o afastamento dele não deu por nenhum fato ligado ao exercício da magistratura e que ele nunca atuou em processo imobiliários na vara cível de Porto Seguro. A nota diz que o terreno do juiz não é na “Liga da Justiça” e que ninguém o acusou de praticar agiotagem.

A advogada de Henrique Daumas Nolasco afirma que ele não praticou atos ligados aos supostos ilícitos que estão sendo apurados e que ele é inocente e deu depoimento à Corregedoria como testemunha.

Até a publicação desta reportagem, a reportagem não conseguiu contato com o juiz André Strogenski, o promotor Wallace Carvalho e representantes do empreendimento Arraial Costa Verde.

Fonte: https://g1.globo.com/

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